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População indica os dez piores prefeitos de MT na pesquisa IKGM 5wk33
Com a chegada do ano político a “temperatura eleitoral sobe” para a sucessão ou para a continuidade no poder, daqueles que recebem aprovação popular. Em geral salta aos olhos as istrações que vão muito bem. Não precisamos saber o percentual aplicado em saúde, educação, etc para saber isso.
Quando chegamos a uma cidade, percebemos e logo avaliamos a qualidade do serviço público ali prestado. Basta olhar o visual, comparar a limpeza, o asfalto sem buracos, a sinalização, entre outros, que indicam a quantidade de verba pública investida para o bom nível de desenvolvimento humano.
Os indicativos ora descritos refletem no colorido das ruas e no otimismo emanado pelas pessoas que, “contagiadas” pelo propaga silenciosamente a mensagem de aprovação de seu governo.
Não há como negar: algumas pessoas podem até não se empolgar com a forma como trabalha que determinado gestor público, porém, o ditado popular já diz que, insistir no erro é burrice, então não pode ser muito inteligente se colocar contra quem, no cargo público, recebe a aprovação da maior parcela populacional, que lhe dá o status de Ok frente ao trabalho realizado.
Retomando a questão do ano eleitoral surge inequivocamente a pergunta: os munícipes estão satisfeitos com os gestores dos municipais? Para responder a perguntas como essa é que existem os institutos de pesquisas.
A Quarta Rodada de pesquisa sobre a avaliação dos prefeitos das 50 maiores cidades de Mato Grosso revela que os gestores dos maiores municípios, como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres, estão entre os 10 piores avaliados. Na posição número 41, figurando entre os 10 piores, a gestão municipal de Araputanga.
Por um lado, a escala que vai de zero a 100 mostra o bom desempenho do grupo dos dez primeiros, porém, na outra ponta, fica evidente a dificuldade de gestão de outros.
O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), por exemplo, ficou com a pior aprovação entre os 50 prefeitos avaliados, mas, também não chega a ser tão melhor a condição de outros da mesma lista, como o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), no 47º lugar.
Entre os 10 prefeitos com piores desempenhos estão o de Araputanga - Vano José Batista (PP); Nova Olímpia - Francisco Soares de Medeiros (PT); Rosário Oeste - Joemil José Balduino de Araújo (PMDB); Cáceres - Túlio Aurélio Campos Fontes (DEM); Marcelândia - Adalberto Navair Diamante (PR); Poxoréo - Ronan Figueiredo Rocha (PMDB); e São José dos Quatro Marcos - João Roberto Ferlin (PT).
METODOLOGIA
O Índice de Popularidade dos prefeitos foi extraído por meio da aplicação de pesquisas de opinião nos 50 maiores municípios de Mato Grosso, aplicando o mesmo questionário em todos eles, informa a KGM. Ao fazer a pesquisa foram cruzados os dados de avaliação da istração - numa escala que vai de ótimo a péssimo -, com a nota média atribuída pelos entrevistados de cada cidade ao seu prefeito.
Intitulada Ranking IKGM de Aprovação dos Prefeitos, a pesquisa ouviu 9.895 eleitores, no período de 01 de março a 04 de abril.
Sem dúvida o leitor já percebeu que entre os 10 piores, três estão no Vale do Jauru: Araputanga - Vano José Batista (PP); Cáceres - Túlio Aurélio Campos Fontes (DEM); e São José dos Quatro Marcos - João Roberto Ferlin (PT).
Parece injusto titular as istrações entre as piores em Mato Grosso, contudo, é preciso avaliar o todo para saber a razão que leva ao povo a desaprovar esses gestores.
Conheça quanto receberam para trabalhar cada um dos gestores ora reprovados:
Cidade |
Arrecadação 2011 |
Arrecadação 2010 |
Prefeito |
Colocação na pesquisa |
Nota |
Araputanga |
R$ 26.443.400,83 |
R$ 23.535.975,40 |
Vano José Batista |
41º |
0075 |
Cáceres |
R$ 78.611.629,45 |
R$ 81.456.047,00 |
Túlio Aurélio Campos Fontes |
45º |
-12,05 |
São José dos Quatro Marcos |
R$ 25.653.837,40 |
R$ 23.636.965,34 |
João Roberto Ferlin |
49º |
-20,45 |
Na pesquisa, a istração do prefeito Newton de Freitas Miotto (PP), de Pontes e Lacerda ficou na quinta colocação. É a única com aprovação popular na região. Se as lideranças de nossas cidades se dispem a trabalhar de fato por elas, talvez, na próxima pesquisa IKGM, possamos ocupar posições mais honrosas, que não sejam entre as 10 piores.
É preciso compreender que a população manifesta descontentamento por causa da condição de esquecimento que está submetida. No momento, de acordo com a pesquisa é justo chamar o Vale do Jauru de Vale dos Esquecidos. Um dia, quem sabe, essa nomenclatura não será justa.