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OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS? VALE TUDO PARA SER ELEITO?... 5f343v
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OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS? VALE TUDO PARA SER ELEITO? 3h396p

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FONTE

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Alguns dizem que os fins justificam, desculpam, os meios que usamos para tentar chegar aos objetivos. Será mesmo verdade? Você concorda com isso? Vale tudo mesmo? Será que para se alcançar um bom resultado vale empregar todos os métodos? Todas as artimanhas? Vale dispor de todas as armas e fazer qualquer coisa, usando os meios mais sórdidos?  5b2e6f

Estive pensando! (e escrevendo) Nessa época as pessoas ficam demasiadamente sensíveis, todos estão imensamente motivados para fazerem o bem ao próximo, nunca as pessoas estiveram tão evangelicamente tomadas por tanto espírito de fraternidade. E esse espírito é tão forte que as pessoas brigam entre si para ver quem ajudará mais as pessoas, fará “mais bem” à população. Será mesmo? Acredito que aqueles que têm realmente este espírito já fazem esse bem há muito tempo, não perdem oportunidade de fazer a sua parte e instigar os outros a fazer também. (E nem precisam anunciar isso pelos quatro cantos do mundo).   524v67

Será que fazer mal para alguém, justifica-se pelo bem que queremos fazer a outra pessoa? Você, inteligentemente vai dizer: Depende. E eu vou concordar contigo. Agir com violência diante de alguém que pretende agredir fisicamente um indefeso, é ato que se justifica pela absoluta defesa da vida. Mas há situações que não se justificam, como por exemplo, dispor de informações pessoais e privilegiadas e usá-las para manchar, macular, denegrir a imagem das pessoas, criar informações sobre essas pessoas, fazendo-as ar por constrangimentos indevidos. Que bem foi feito? A quem essa conduta beneficiou? Como as pessoas melhoraram ou se aprimoraram com esse ato? A quem ele realmente serviu?  2p3j3x

As pessoas são humanas, nós somos humanos, e erramos, mas também acertamos. Ao invés de apontarmos insistentemente as falhas, sem apontar, na mesma medida, as alternativas, privilegiemos os acertos, promovamos o que temos de bom, e melhoremos no que temos de ruim, ou frágil, ou inconveniente. Se a intenção é realmente “política” (busca do bem comum, como dissemos no artigo anterior, lembra?), temos que pensar no bem geral, da comunidade, e o bem comum está no aprimoramento humano de todos. Aprimorar-se é fazer-se melhor, mas não melhor que o Zézinho, o Huguinho ou o Luizinho, fazer-se melhor é superar a si mesmo. O outro não é a medida para ninguém; a medida que devemos adotar somos sempre nós mesmos. Hoje sou melhor que ontem, e amanhã poderei ser ainda melhor que hoje. Você é sua própria medida, não o outro.  5c6m2f

Quando usamos o outro como medida de comparação, estamos usando medidas injustas; como medir as experiências que cada um teve, como medir o grau de inteligência para uma coisa ou outra, pois a Maria é competente pra ensinar e a Antonia tem competência pra cozinhar, como julgar os motivos e razões que cada qual guarda em seu coração. Não podemos! E cada vez que o fizermos, estaremos errando. Mas, por outro lado, sabemos de nós, das nossas coisas, dos nossos motivos, das nossas virtudes e dos nossos defeitos, e isso basta para apresentar ao outro. Ao outro devemos oferecer o melhor que temos e o melhor que somos. Isso deve bastar, isso tem que bastar, e se não bastar pra convencer o outro, é porque precisa ser aprimorado, repensado, refeito, revisto. Mas sem a ilusão de que vamos agradar a todos e muito menos com outra ilusão, a de que tratar mal as pessoas é sinônimo de autenticidade, de dizer a verdade, de ser verdadeiro. “Eu digo mesmo, eu sou assim e não mudo. Quem quiser que me engula desse jeito.” Já ouviu isso por aí? Inclusive dito por gente com experiência pública? É isso que merecemos, alguém que se nos apresenta de qualquer jeito e que temos que engolir? Não, não! Má educação e incapacidade para dialogar (ouvir e ser ouvido) não tem nada a ver com ser correto, justo, sincero.   5v4025

Ninguém é obrigado a nos aceitar, e da mesma forma, não somos obrigados a aceitar ninguém, mas temos a obrigação de respeitar o outro em suas decisões, por mais diferente que seja da nossa própria opinião; contudo, temos uma obrigação ainda maior, não para com o Estado, ou com a empresa onde trabalho, ou com a Igreja onde congrego, mas comigo mesmo, o dever moral de ser sempre melhor, melhor que eu mesmo. São os pequenos gestos, anônimos, que nos fazem melhores, que tornam o mundo um lugar melhor pra viver, desde a senhorinha que corta a cebola pra fazer o caldo, lá escondidinha num canto da cozinha, até a criança que deixa de usar tantas sacolinhas plásticas do mercado, porque aprendeu a lição da professora na escola. Veja que gestos simples, multipliquemos isso por um infindável número de pessoas e teremos uma mudança significativa. Perceba isso nos seus candidatos, que pequenos gestos eles praticam, escondidos de todos, e que podem ser indicativos de que poderão fazer grandes coisas por nós?  224s4k

Nesses tempos de política, os fins são grandiosos, imensos, e os pequenos gestos ficam no esquecimento. Como acreditar naqueles que, infiéis nas pequenas coisas, prometem ser fiéis nas grandes? Bem difícil, não é? Por isso, nos façamos melhores, pois nunca o outro poderá ser medida de comparação. Não vale tudo, nunca valeu tudo no jogo da vida. Os fins não podem jamais justificar por si sós os meios que usamos. Fique atento e repudie quem faz de tudo, inclusive o mal para alguns, dizendo que é para defender o bem de outros.  6j1421

Marcelo Porrua 3l134

Cidadão político 3t4b5c

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