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Orientação aos fiéis sobre as eleições 2012 635r4n
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O Brasil se prepara para as importantes eleições municipais de Prefeitos e Vereadores. As eleições municipais envolvem mais os eleitores que as eleições estaduais e federais, pois tratam de problemas e projetos mais próximos do povo: família, educação, saúde, moradia, trabalho, transporte, segurança, ecologia, lazer. Além disso, os candidatos das eleições municipais, nós os vemos no dia-a-dia e isto motiva mais a nossa participação. Votar bem, eis a questão! Voto não tem preço, tem conseqüência! Voto é gesto pessoal e intransferível! Todos devem participar! Também o jovem deve exercer o seu direito de voto desde os 16 anos. 6p6g2z
Impulsionado pela fé, à luz dos sinais dos tempos, o cristão é movido pelo Espírito na construção da justiça e da paz. Por isso, o papa Bento XVI afirma que a sociedade justa, sonhada por todos, “deve ser realizada pela política” e que a Igreja “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Deus Caritas Est 28). O voto livre e consciente é dever cidadão O exercício da cidadania vai além do voto e se expressa no empenho de todos pela defesa da vida, da fecundação até a morte natural, do desenvolvimento sustentável e da justiça social. 1z6a2g
Para votar é importante definir o perfil dos candidatos: coerência de vida, honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum. Grande ajuda para estas eleições são as Leis de iniciativa popular 9.840/1999, contra a corrupção eleitoral e a compra de votos, e a Lei da Ficha Limpa 135/2010. A mobilização dos eleitores definirá o sucesso da aplicação da Lei “Ficha Limpa”. 244u3i
A educação para a cidadania é processo permanente. Para isso, contribuem as Escolas e Grupos de Fé e Política das dioceses, das publicações de conscientização política como o Doc. 91 da CNBB – Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática e a Cartilha Eleições Municipais 2012: Cidadania para a Democracia. Cabe às comunidades e lideranças debatê-los. 2b6t6e
Cristão que participa da vida política vive o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos. É o que diz o Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46). Só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9). 5r1g23
Que Nossa Senhora Aparecida abençoe o povo brasileiro e ilumine candidatos e eleitores para que, juntos, construamos uma sociedade mais justa, solidária e fraterna! 1e38n
NOTA II – IGREJA E POLÍTICA A missão da Igreja no campo político é formar as consciências cristãs, mantendo profunda e inseparável relação entre fé, promoção humana e missão religiosa (cf. Gaudium et Spes, 42). 7133f
Por isso, a Igreja forma leigos (as) para exercer a missão política. Além disso, “os fiéis leigos são incentivados a promover grupos de Fé e Política, ou formas de organização que os ajude a assumir um papel ativo na conscientização e formação política” (CNBB, Doc. 67, nº 57). Engajado ou não em partidos políticos, o cristão é chamado a refletir sobre a relação fé-política e seu empenho em contribuir para as mudanças na construção de uma nova sociedade. 1w4ek
O voto é um instrumento eficaz para as mudanças desejadas. Para isso, é preciso conhecer os candidatos (as) e votar bem, de modo consciente e livre. 38u1k
A Igreja não tem partido político e nem candidatos oficiais. A Igreja Católica não propõe nomes de candidatos a cargos eletivos para não dividir as comunidades diante das legítimas tendências e matizes políticos dos fiéis. Ela espera dos eleitores (as) a valorização dos candidatos (as) que se comprometem com seus princípios morais, éticos, religiosos e sua Doutrina social; dos candidatos que não usam da política para os próprios interesses, mas para o serviço dos outros, em especial aos mais necessitados e abandonados da sociedade. 6z5j5y
O que fazer se pessoas ligadas à comunidade decidem se candidatar a cargos políticos eletivos? Como conciliar os dois encargos? Infelizmente ainda há muitos preconceitos contra os cristãos leigos (as) candidatos (as). 1b6067
Se um agente de pastoral ou ministro extraordinário se apresenta como candidato, facilmente é discriminado, ou até olhado com despeito. Fique bem claro para todos: “Um candidato (a) cristão (ã), comprometido com a política partidária, por força de sua fé, nunca deveria ser afastado da sua comunidade, nem esta deveria marginalizá-lo pelo fato de ser candidato (a)” (CNBB, Doc.40, nº 219). 4b15d
Aos candidatos (as) católicos (as), porém, convém lembrar que, durante a campanha eleitoral, não estão autorizados a usarem pastorais, movimentos eclesiais ou a se apresentarem em nome da Igreja. O mesmo vale para os agentes de pastoral (cf. Puebla, 530). As próprias leis eleitorais dão orientações a este respeito. 6p6b5r
Em síntese, desde que a ação pastoral e o exercício de algum ministério na comunidade não sejam utilizados em benefício de partidos ou ideologias, vamos apoiar e confiar nas pessoas candidatas e engajadas na comunidade de fé. 4x228
Que Nossa Senhora Aparecida abençoe o povo brasileiro e ilumine candidatos e eleitores para que, juntos, construamos uma sociedade mais justa, solidária e fraterna! NB: Padres: “Os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no exercício do poder civil” (285 parág. 3º). “Os clérigos não tenham parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que, a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exija a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum” (cân. 287 parág. 2º). Essas proibições não atingem os Diáconos Permanentes (cân. 288). l623
Fonte: Diocese de Cáceres