Artigo 6y101c
Mensalão: Ministro Marco Aurélio vota pela condenação de nove dos dez acusados de corrupção ativa 2q3g9
Terça-feira, 09 de outubro de 2012 311016
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Em seu voto, o ministro Marco Aurélio ressaltou as condutas de alguns dos réus. Quanto a Anderson Adauto, o ministro entendeu que ele teria simplesmente indicado a um parlamentar que precisava de verbas o modo de obtê-las, e a quem deveria procurar. “Por enquanto, nossa ordem jurídica não condena como crime a simples cogitação”, concluiu o ministro, ao votar pela absolvição do ex-ministro. 1i6y64
De Geiza Dias, o ministro afastou a alegação da defesa de que se tratava de uma funcionária de menor relevância na agência. Em seu voto, ele afirmou entender que a ré era pessoa de confiança de Marcos Valério, sendo ela quem transmitia à agência bancária as instruções para efetuar as operações de pagamento. Observou ainda que as saídas de recursos eram registradas na contabilidade como destinadas a fornecedores. O ministro afirmou duvidar que a ré acreditasse se tratar realmente disso, visto que muitos dos beneficiários integravam o Congresso Nacional. nv2c
José Genoino 5m2y2n
O ministro Marco Aurélio observou que há mais circunstâncias relacionadas à acusação imputada a José Genoino do que o fato de ele ter sido avalista de um empréstimo feito ao Partido dos Trabalhadores. Para isso, cita depoimento do então deputado federal pelo Partido Progressista (PP), Pedro Corrêa, no qual relata que as negociações políticas envolveram pelo lado do PT, entre outras pessoas, o presidente do partido, José Genoino. Lembrou também depoimento do então presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, citando a participação de Genoino no acordo que teria firmado o pagamento de R$ 20 milhões ao PTB, em cinco parcelas de R$ 4 milhões. 4d6e6p
Quanto à defesa de Genoino, o ministro afastou as alegações de que o relacionamento do ex-presidente do PT com Marcos Valério era intermediado por Delúbio Soares, e que Genoino não teria conhecimento de que o empresário estaria emprestando dinheiro ao partido. “Poupem-me de atribuir a Genoino, com a história de vida que tem, tamanha ingenuidade”, afirmou o ministro. Observou ainda que a autonomia atribuída ao tesoureiro foi exagerada, pois se tivesse Delúbio Soares a “desenvoltura intelectual e material a ele atribuída”, ele não seria apenas tesoureiro. “Parece que ele mesmo, Delúbio Soares, aceita posar como bode expiatório, como se tivesse autonomia suficiente para levantar milhões e distribuir ele próprio, definindo os destinatários, sem conhecimento da cúpula do PT”, afirmou o ministro. 4o141m
José Dirceu 705s61
Relativamente ao réu José Dirceu, o ministro Marco Aurélio citou o depoimento de Roberto Jefferson, segundo o qual era o ex-ministro-chefe da Casa Civil quem homologava todos os acordos do PT, função para a qual José Genoino não possuía autonomia. O ministro ressaltou que José Dirceu teve reuniões com dirigentes tanto do Banco Rural como do BMG, que, de acordo com seu entendimento, teriam por fim a obtenção dos empréstimos tratados na denúncia. 2f40h
FT/AD 2b154l
Fonte: STF