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EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES, UM CAMINHO PARA O FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER 4h3f1i
Por: Vera Lúcia Martins Pereira - Assistente Social 5k5b26
No mês que comemoramos o dia Internacional da Mulher, vejo que de suma importância destacar aqui um tema que não é mais novidade para ninguém, mas que vem sendo a causa de grande índice de questões sociais na nossa sociedade. A Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher. Por que acontece a violência Contra a Mulher? Será que já sabemos a resposta? Ou ainda é algo inexplicável? Muitas vezes ouvimos assim: “Ela mereceu”, “mulher tem que apanha mesmo”, dentre outros absurdos que ouvimos diariamente quando estamos diante de uma situação de violência contra mulher. Mas realmente ela mereceu? Ela tinha que apanhar mesmo? Por quê? 675c1y
Em meios de tantos Por quês, podemos destacar aqui uns dos principais fatores que leva ocorrer a Violência Contra Mulher. Infelizmente a sociedade educou a mulher para sofrer Violência Psicológica, Violência Moral, Patrimonial, Sexual e física, por vários séculos homens e mulheres vêm recebendo uma educação fortemente discriminatória, onde as diferenças fisiológicas e anatômicas entre homens e mulheres são caracterizadas como categorias opostas excludentes, e define o papel de cada um, na qual a mulher ocupa posição inferior ao homem na sociedade. 5e2vl
Essa educação discriminatória ela inicia na família e posteriormente pera nas demais instituições sociais que frequentamos que de modo geral são fortemente marcadas por uma ideologia dominante “patriarcal”, favorece uma reprodução de comportamento discriminatório pelas definições dos papéis desiguais de mulheres e homens. Atribuímos às diferenças entre eles/elas pela distinção do sexo, e essa divisão constitui numa separação de vida social entre esfera pública e privada, ou seja, social e doméstica. Na qual a esfera pública se atribui ao homem, à política o mercado de trabalho, já para a mulher na esfera privada destinaria o trabalho doméstico, e os cuidados com as crianças. Essa divisão sexual do trabalho e os papéis sociais atribuídos às mulheres e aos homens fizeram o gênero masculino sobrepor-se ao gênero feminino, reproduzindo papeis sociais de dominação e submissão entre homens e mulheres. Essa dominação do homem sobre a mulher é que infelizmente da o direito de um, ou seja, o homem acreditar que tenha o poder sobre a mulher e gera a violência, e essa violência se não for erradicada do meio familiar, se não for quebrado esse silêncio que ainda perpetua em muitos lares e de fato fazer concretizar a lei que hoje assegura e combate a violência contra mulher, ela vai continuar atingindo todos os membros da família, não mais apenas a mulher, mas principalmente as crianças, que compromete diretamente no desempenho social, a principio na escola em seguida no mercado de trabalho e retornando para meio familiar, por que a questão da violência doméstica e familiar contra a mulher ela anda em ciclo, “Se vejo eu Faço”, uma vez vivendo em meio de violência conseqüentemente vou reproduzir ou sofrer a violência. 246u4c
Entretanto, é importante começarmos olhar a violência contra mulher não como um fato isolado no meio intrafamiliar, mas sim que precisa ser tratado na sua totalidade, por que educar homens e mulheres para uma educação democrática e igualitária requer uma reflexão coletiva, dinâmica e permanente do poder público e da sociedade em geral. Se, durante décadas estamos lutando pelos direitos da mulher, e hoje temos colhido muitos frutos dessa luta, pois percebemos as grandes ocupações dela na sociedade, no mercado de trabalho. Então por que pararmos com essa luta, a mulher pode ter conquistado muitos direitos, mas mesmo assim ainda continua sofrendo violência pelo simples fato de ser mulher. Uma realidade que precisa ser mudada, e essa mudança dependem de nós, da forma como educamos nossos/as filhos e filhas, o fato de sermos diferentes não justifica o tratamento desigual. Pensaremos nisso, para que possamos ter um mundo mais democrático e igualitário entre homens e mulheres e sem violência. 2566y