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ARAPUTANGA – Autoridades podem perder luta contra o caramujo africano m3m4u
A falta de políticas constantes e estimuladoras para que a população atue na catação e eliminação do molusco está permitindo ao lento inseto se multiplicar, ocupando o território urbano da Cidade. Fora do Centro, Araputanga tem grande número de lotes urbanos abandonados, acumulando matagal ou servindo de depósito de objetos inservíveis, onde além dos vetores da dengue, prolifera às centenas e milhares do molusco africano, que silenciosa e sorrateiramente invade tudo.
por – Sebastião Amorim – O ano 2023 chega à metade do mês de abril, com índices pluviométricos muito melhores que os registrados nos últimos cinco anos. Com chuvas tão favoráveis, além de problemas nas pontes, a manutenção da trafegabilidade nas estradas vicinais é um desafio para os gestores. Em tal período, moluscos sem inimigos naturais têm no tempo, elemento francamente favorável à sua proliferação.
Com as constantes chuvas, moradores de Araputanga que ainda não enfrentaram infestação de caramujos africanos encontram mais um motivo para dobrar os joelhos no solo e levantar as mãos para o céu em agradecimento e louvor a Deus. Apesar da afirmação, louvar e agradecer ao Criador é uma atitude que deve ser constante e em qualquer situação, na vida do Cristão.
Mesmo no período chuvoso há espaços do dia em que o sol está escaldante com temperatura acima dos trinta graus. Nesse cenário é bem difícil encontrar os parasitas que se escondem dentro da terra; no entanto, logo que o sol se põe os moluscos começam a surgiu de seus esconderijos disseminando por terrenos em busca de algo para se alimentar. Aparentemente plantações frutíferas e hortaliças são as preferidas dessa praga que sobe em árvores e em paredes, se o morador dormir no ponto, a praga infesta tudo.
INFESTAM TUDO
Parece que é apenas parte da verdade a afimração que o molusco só infesta quintais sujos por matagal ou com entulhos. Se a informação fosse inteiramente verdadeira, há alguns anos não seria possível à reportagem ter encontrado e fotografado dezenas de caramujos infestando uma das paredes do Posto de Saúde do Centro da Cidade.
Naquele mesmo ano, em outra ocasião o Redator deste Site presenciou a parede de um estabelecimento que serve alimentação, à Rua Carlos Luz, infestado por caramujos que “escalavam o local”. Por respeito ao proprietário não fotografamos a parede, cujo espaço exibia o nome do comércio.
QUAL É A POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO?
Para controlar a proliferação dos vetores da dengue e semelhantes, o município tem fiscais que acompanham e colocam produtos adequados nos reservatórios d’água. Inserção e compartilhamento de posts em Redes Sociais de alguma forma ajudam, no entanto essa seria a parte complementar da política de enfrentamento ao molusco e jamais poderia ser o ato principal que visa ao controle da praga.
Se há política de controle e eliminação dos vetores do Aedes Aegipity, por que não há política semelhante de enfrentamento ao molusco africano, inclusive com lançamento de iscas que matam a praga sendo istrada nos locais de infestação?
Vista de forma holística a política para o controle da praga precisaria de ar pela eliminação dos terrenos baldios, com pesadas multas a quem não cuida de seus lotes e, proibição de criação de novos loteamentos até que os Bairros já existentes esgotem sua capacidade de ocupação, sem terrenos vazios. É para tomar medidas difíceis que o povo elege seus representantes.
ACREDITAMOS QUE DINHEIRO O MUNICÍPIO TEM
A adoção de medidas descritas ao fim do parágrafo anterior não deve ser tão difícil. Falta de recursos financeiros não pode ser. O leitor que acompanha nossas reportagens sabe que a arrecadação do município vai muito bem. Nossos leitores sabem que há dinheiro suficiente, pois há contratos com empresas prestadoras de serviços, cujo valor chega a ultraar nove milhões de reais.
CONTIGUO AO MEIO-FIO
Sim, nos Bairros há centenas de terrenos que precisam de limpeza; porém, é bem fácil ver o matagal nos lotes urbanos e ignorar o mato que cresce ao longo do meio-fio em toda a Cidade. A legislação municipal define o perímetro de calçada que pertence ao proprietário do lote, contudo cerca de um metro e vinte centímetros a partir do meio-fio deveria receber cuidado e, portanto, limpeza, da Prefeitura.
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