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ARAPUTANGA – Celebração de exéquias ao Monsenhor Padre Celso 5b2355

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FONTE

O Clero diocesano e o povo de Deus se fizeram presentes no Santuário Mariano de Araputanga

por – Sebastião Amorim – O canto do Ofício de Nossa Senhora precedeu, na Igreja Matriz de Araputanga, o início da celebração de exéquias, em homenagem ao Monsenhor Ermínio Celso Duca, o Padre Celso, que faleceu ontem (20/01), por volta de 17h40min, depois de 46 anos a serviço da evangelização, em Araputanga e região.

No cântico de abertura da celebração, os Cristãos entoaram a canção do Padre Zezinho  “Senhor quem entrará?”; às 16h07min o celebrante fez a abertura da emocionante celebração.

Na primeira leitura anunciada na 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, versou sobre a obrigatoriedade para que todos os Homens compareçam à presença do Altíssimo, para receber o prêmio ou o castigo, como resultado daquilo que fizeram na vida. Já na leitura do Evangelho foram proclamadas as Bem-Aventuranças.

BISPO EMÉRITO FEZ A HOMILIA

Dom José Vieira de Lima (TOR), bispo emérito da Diocese fez a homilia, partindo da felicidade e da alegria e, com voz embargada o bispo abordou os ensinamentos, a vida a presença do Monsenhor Celso, alertando a assembleia de pessoas que participavam da celebração que “feliz quem a pela vida plantando o Amor, a misericórdia...”.

Dom José observou que toda semente lançada e cuidada, produz frutos e belos frutos, mas toda semente lançada com carinho, Amor e fé , produz flores, frutos e semeia os frutos na terra... e continuou: O Senhor (padre Celso), semeou, espalhou e plantou a boa semente nesta terra e nos corações; [plantou] com a vida, deu a sua vida, para que nós tivéssemos a esperança e para que a fé fosse para nós uma luz, agora, antes e sempre.

Nós somos os colhedores dessa semente plantada e não podemos deixar perecer. Cabe a nós queridos irmãos e irmãs, fazer com que esses frutos de uma semente plantada, esparramada no meio de nós frutifique. Todos aqueles que ouviram a palavra e a semente semeada.

46 (quarenta e seis) anos, deu a vida... de vez em quando nós ouvimos dizer que alguém deu a vida, mas agora neste momento podemos ver alguém que deu a sua vida.... deixou pai mae, parentes, pátria e veio colocar sua vida a serviço dos irmãos.

Ele foi e nos deixou essa marca de servidor, aquele que está a serviço do reino do povo de Deus, das pessoas. Aquele que luta que trabalha incansavelmente, não para ele, mas para nós; servidor.

E a grande devoção que ele tinha e tem à Nossa Senhora é porque ele via, na Senhora nossa Mãe a palavra fundamental: eis aqui a serva do Senhor. Servidor, a nosso serviço, para nós, dia e noite, vivendo as nossas alegrias, sofrendo nossos sofrimentos, chorando as nossas lágrimas e sentindo nossas dores: servidor.

Ninguém pode negar o quando ele trabalhava trabalhou dia e noite, para que essa Cidade, todos nós chegássemos onde estamos no dia de hoje; coração humano, olhava a pessoa humana como seu irmão, como sua irmã, e tudo fazia para amenizar as intempéries da vida, cada olhar, cada espaço, cada rua tem uma marca luminosa brilhante, de Monsenhor Celso.

Todos nos temos os nossos amores, Monsenhor Celso tinha seu amores: Deus, a Igreja, o povo de Deus e Araputanga.

No céu ele continua nos amando, nos iluminando nos encorajando, nos fortalecendo na caminhada da vida.

Bendito aquele que vem em nome do Senhor, ele veio, não para ele, mas para o Senhor e para nós; não para a vida dele, mas para nossa vida e a vida dessa Cidade. Bendito, feliz aquele que vem em nome do Senhor; não partiu, pois semente morre nasce, cresce frutifica, mas permanece semente.

Cada um de nós recebeu uma semente no nosso coração, não jogue fora. Cultive na Justiça, na Caridade na Fraternidade na Solidariedade e no Amor.

Alegrai-vos, nós com os anjos e santos, nós nos alegramos pela vida pela luz pela chama acesa que ele (Monsenhor Celso) deixou entre nós.

No dia de hoje não poderia deixar de agradecer ao padre Celso Ferreira de Jeus, pela ternura, pelo cuidado, pelo carinho com que acompanhou o Monsenhor padre Celso, nesse tempo de sofrimento e de dor, que somente ele e Deus do céu sabem.

Monsenhor, celso, você não partiu, você penetrou nossos corações e quando no nosso coração o Amor penetra não morre, não desaparece, mas brilha, para que nossa caminhada também seja, com nossos irmãos e irmãs, uma caminhada de perdão, de misericórdia e de Amor. 

PRONUNCIAMENTO DA REPRESENTANTE DOS LEIGOS  E INSTITUIÇÕES

A celebração reservava momentos de grande emoção. A paroquiana Madalena, que certa vez, representou a juventude, falando ao Núncio Apostólico, que esteve em visita à Igreja Matriz de  Araputanga, recebeu mais uma vez, a missão de representar os leigos e falar na última celebração feita na presença do corpo do Monsenhor.

“É muito bom falar de uma pessoa que só viveupara fazer o bem, pautado nos ensinamentos de Jesus.  A todo momento vi a pessoa do Monsenhor Celso sendo retratada na leitura do Evangelho, durante as Santas Missas.

Expressando sentimento de grande emoção, com sua voz firme Madalena continuou ‘Somos testemunhas vivas, desta vida que se consumiu, em prol a nós como uma vela acesa sobre o altar.

Desde que o Monsenhor chegou a Araputanga,  seus feitos religiosos e compromisso social, foram o diferencial, para uma nova araputanguense, sempre silencioso e muito discreto, podemos defini-lo como um homem completo; com uma visão religiosa indizível, uma visão política, econômica e social

Um homem de Deus, que sempre primou pelo Amor a Jesus Cristo, com Santa Missa diária e, Adoração Eucarística frequente, nos somos testemunhas disso, nunca ficamos sem a Santa Missa, todos os dias ele nos aguardava, para nos ensinar, que Jesus Eucarístico é a base da vida de todo ser.

Externava um Amor sincero à Nossa Senhora, com a celebração do Cenáculo e a oração do Santo Terço sempre demonstrou a sua missão de servir, celebrou o verdadeiro ecumenismo, com respeito à dignidade humana; sua palavra tinha efeito imediato, nós sabemos disso. Sempre teve o respeito e o carinho de quem buscava o progresso de nossa Cidade e, nunca se valeu da sua posição de religioso e homem respeitado para benefício próprio.  Sempre olhava para nós, sempre apontava para que nós pudéssemos ter a dignidade.

Muitas vezes adentrei à casa de Monsenhor e pude presenciar a sua refeição na maior simplicidade, mas sonhava e lutava para que nós pudéssemos ter o melhor sobre a nossa mesa.

Sua prioridade  no campo religioso tornou a nossa Paróquia um celeiro, tanto sacerdotal, como religiosa e familiar.

O seu lugar era diante do Santíssimo, ajoelhado pedindo pelas vocações, pedindo pelas famílias, pedindo a benção para cada um de nós. Sua prioridade sempre foi despertar a Comunidade ara o Amor Eucarístico e à Nossa Senhora e a construir pastorais e formar lideranças.

Enquanto homem político, lutou pelos sem voz e sem vez; quando adentrava aos Órgãos Públicos, sua palavra era digna de fe, pois, buscava o bem-estar dos habitantes da sua pequena Arautanga. Sempre foi respeitado por governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores e, toda adversidade, ele vencia no silêncio e na oração.

Cada vez que uma porta se fechava, cada vez que se sentia humilhado, ele silenciava e buscavvao conforto em Deus, no colo de Maria.

Na parte econômica e social, deixou seu legado, com a fundação da Gráfica Osca, Cooperativa de laticínio e Cooperativa financeira, Rádio AM e FM, Escola e a Faculdade, sempre acreditando que  a libertação do ser humano, se faz pela dignidade.  A dignidade de ter uma vida pautada na honestidade, no Amor e no desejo de lutar por uma vida melhor.

Nunca exigiu nada em seu benefício, sempre direcionando ao bem-estar do próximo; então, meus irmãos, o que dizer deste homem, que só fez o bem e consumiu a sua vida, para nos beneficiar? O que dizer de um homem que apresentou o que há melhor no universo para nós, o Amor de Jesus e o Amor de Mãe? O que dizer deste homem que não só se preocupou com a nossa vida espiritual, ele se preocupou com o nosso pão de cada dia, quando ele pensou em construir uma Araputanga diferente, investir em instituições, porque ele sabia que seu povo precisava alimentar, o seu povo precisava ter dignidade e, ele trouxe para nós a dignidade de termos o alimento na nossa mesa, direta ou indiretamente, este ser tão amádo, ele contribuiu com todos.

O emprego que nós tivemos, independente de religião, independente de pessoa, sem fazer distinção; o emprego que temos na Cooperativa, que temos na Sicredi, na Rádio, na Escola, na Faculdade, todos esses cidadãos contribuem com o desenvolvimento da sociedade, quando pega seu salário e vai ao comércio, e sabemos que um salário que  foi nos ensinado a conquistar com dignidade.

Só nos resta dizer, meu bom Monsenhor, nós te amamos, respeitamos e acreditamos que será o nosso intercessor junto à corte celestial, e estará para sempre meu Monsenhor, gravado em nossos corações, pelos seus ensinamentos e pelos seus feitos em benfício de cada um de nós.

Descanse em paz, Monsenhor Celso e nos ajude a prosseguir com suas ações que só vieram trazer a liberdade econômica, social, intelectual e religiosa, aos seus paroquianos, a vontade do Monsenhor que ele deixou nos seus escritos e foi falado pela Marisa, ele não quer divisão, ele quer a nossa unidade, ele quer a nossa amizade; que Nossa Senhora te receba e o apresente ao seu Filho, Jesus. Que o senhor possa interceder por nós... nós te amamos muito e o senhor vai fazer muita falta, para cada um de nós, obrigado. (da assembleia de Cristãos ecoaram os aplausos).