Artigo 6y101c
JAURU - MPE implanta programa para prevenir evasão e violência escolar 4r2039
por ANDRÉIA MEDEIROS
A
evasão escolar é um grande desafio para as escolas, pais e para o sistema
educacional. A problemática levou o Ministério Público do Estado de Mato
Grosso, por meio da Promotoria de Justiça de Jauru, a implantar o Programa de
Conciliação para prevenir a evasão e a violência escolar (Proceve) em duas
redes de ensino do município.
De acordo com o relatório “Cenário da exclusão escolar no Brasil”, divulgado
pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância e Adolescência (Unicef), existem
hoje no país quase três milhões de crianças e adolescentes fora da escola.
Desse total, 57% (1,6 milhão) são jovens entre 15 e 17 anos.
No município de Jauru, o diagnóstico foi feito após palestras proferidas pelo
Promotor de Justiça, Daniel Luiz dos Santos, nas escolas públicas DJEC e
Juscelino Kubitschek de Lucialva. O programa instalado nas referidas unidades
escolares permite a aplicação da Prática de Ação Educacional (PAE) – serviços
comunitários – na própria escola, no contraturno, como sanção pela prática de
ato de indisciplina no ambiente escolar, evitando a sua configuração como ato
infracional (antecedentes).
Os estudos apontam que as causas da evasão escolar são variadas. Condições
socioeconômicas, culturais, geográficas ou mesmo questões referentes aos
encaminhamentos didáticos – pedagógicos e a baixa qualidade do ensino das
escolas podem ser apontadas como causas possíveis para a evasão escolar no
país.
O Proceve busca resgatar a autoridade dos diretores e professores; preservar o
patrimônio público e o respeito às instituições (família, escola, sociedade)
além de favorecer a permanência e o sucesso do aluno em sala de aula.
No projeto, o promotor menciona a experiência implantada em Campo Grande (MS)
que conseguiu reduzir a violência e a evasão escolar em 80%. Além de evitar o
acionamento da Justiça (Delegacia, Ministério Público) e a configuração de ato
infracional; o registro de antecedentes; reforço do senso de responsabilidade
dos alunos e da autoridade dos pais e professores.
Fonte - Ministério Público de Mato Grosso