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OLHANDO O CENÁRIO - Cavalo morto descartado próximo ao lixão de Araputanga 734e4x
Embora a legislação recomende e exija a construção de aterros sanitários, o Município de Araputanga opta por andar na contramão e, continua a lançar cerca de dez toneladas de dejetos in natura diretamente no clandestino lixão da cidade.
ados 23 meses e cinco dias que o Judiciário concedeu liminar atendendo pedido do Ministério Público para acabar com o lixão e, construir aterro segundo as normas estabelecidas, até agora, não se percebe nenhuma mudança no local, a não ser, o depósito, de toneladas e mais toneladas de lixo.
LIXO GERIDO COM TRABALHO PARA O FOGO
A situação só não está pior porque, cessadas as chuvas, o fogo vai fazendo sua parte; a fumaça pode ser vista sempre a partir da madrugada e, principalmente ao amanhecer, para quem percorre o trecho urbano da MT-175, próximo à área do distrito industrial e, termina por inalar a fumaça altamente tóxica.
ESTRADA TOMADA PELO LIXO
As condições estão a cada dia piores; na tarde de hoje
(01/07), o vereador Ilídio da Silva Neto
percorreu a estrada que leva ao lixão e,
a partir da pista de pouso, ficou estarrecido ao ver como o povo tem descartado
lixo de toda natureza ao longo da via.
O vereador disse que não aceita o descarte do lixo ao lado da estrada, no entanto, disse que entendo o motivo: a estrada está péssima e cria grande dificuldade para veículos de pequeno porte chegar no indecoroso depósito de lixo a céu aberto. Para o vereador, o gestor público não está preocupado sequer com a conservação dos caminhões da Prefeitura que percorrem a estrada todos os dias e, sofrem grande desgaste.
BANQUETE PARA URUBUS
No lixão e proximidades, o banquete está pronto para atender a urubus comensais, que vão degustar carne em vias de putrefação; a “carne fresca” vem de um cavalo morto e, descartado nas proximidades do inóspito, indesejado e fétido lixão, onde moscas proliferam acompanhadas de dezenas, talvez centenas de urubus atraídos pela matéria orgânica que fermenta pela decomposição.
FALTA GESTÃO, DE NOVO?
Na campanha, os políticos prometem o ‘céu’ para o povo; am de porta em porta, demonstram ser mestres da gentileza, distribuem tapinha nas costas, porque todo cidadão é importante; estamos falando dos momentos de campanha política.
CONTINUIDADE?
Tendo tomado posse no cargo, a população vai percebendo que a prática diária do gestor, que prometeu ser o salvador da pátria, não bate com aquelas promessas e com os discursos de outrora; agora dono do cargo e sem prestar contas a ninguém, a a ser homem que decide por canetadas, distribuem portarias, supostamente para acomodar e calar adversários, ainda que tais decisões desagradem a maioria da população que, frustrada começa a entender, em breve resumo: é continuidade de gestões já detestadas.
INCAPACIDADE PARA GERIR
Desgastados por amparar aqueles com quem deveriam romper, é comum a certos gestores nas condições descritas, adotar o discurso de economia do dinheiro púbico ou da falta de recursos para empreender conforme o eleitor desejara, ou conforme ele, gestor, prometera.
Nesse ínterim, o tempo a e, a cada ano, os serviços públicos vão se tornando inadequados, precários, péssimos e em alguns casos, inexistente... No ápice da incompetência o gestor a a defender a terceirização de certos setores, como remédio para todos os males que a população enfrenta, talvez, ocultando o verdadeiro motivo: incapacidade para gerir a coisa pública.
BEM PAGOS, POUCO RESULTADO
Retornemos à questão do lixo! Fazendo as contas, já ou 23 meses e cinco dias, depois que o magistrado de Araputanga assinou liminar determinado o fim do lixão; o que foi feito? Talvez algum dos gestores consiga explicar a natureza das ações que fizeram para cumprir a determinação.
No campo dos custos financeiros, uma conta rápida pode ser balizadora para saber quanto o Município de Araputanga já gastou com prefeito e vice, desde agosto de 2015.
Calculemos o salário mensal do prefeito em quinze mil reais e do vice em oito mil; considerado o 13º para cada um, chegamos hoje, (primeiro de julho), ao tempo de vinte e quatro meses de folha para cada um dos ocupantes do cargo; desta forma, os dois prefeitos que ocuparam a cadeira e, o mandatário atual, embolsaram a título de salários R$360 mil e os vices R$192 mil totalizando R$552 mil reais em folha de pagamento, sem falar nos encargos da folha.
MAIS DE MEIO MILHÃO EM SALÁRIOS
O Município pagou mais de meio milhão de reais em salários (todos sabemos que o valor pode ser inclusive maior), para que os gestores, sob Ordem Judicial, resolvessem o problema do lixão in natura e a céu aberto.
FAÇA UMA VISITA
Fica o convite para o leitor da matéria conhecer as imediações do lixão de Araputanga e, a partir da sensação percebida pelas condições que encontrar o local, responder à pergunta: apesar da liminar da Justiça, até agora, o que foi feito?
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